Edição recente da Alliance Magazine debate o uso de dados para orientar a filantropia e o investimento social privado, campo este relacionado à coprodução do bem público.
Alguns dos textos sobre dados e investimento social estão publicados e/ou comentados no site do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas – GIFE. Entre eles:
Editorial – Os dados não são apenas para nerds
O que os dados podem fazer pelo investimento social
Neste último texto, admite-se: “Nós já entramos no mundo dos “grandes dados”, porém o investimento social privado parece um pouco atrasado para pegar o trem que já está andando. Qual é o motivo?”
Discussão relevante, pois embora os recursos sejam de origem privada, o investimento social privado volta-se à esfera pública, buscando contribuir para a produção de bens públicos. O que passa pela necessidade de transparência, controle e accountability.
Autor: politeiacoproducao
Faça o que eu digo, não faça o que eu faço. Será?
Li há pouco esta matéria da Folha de São Paulo sobre auditorias do Tribunal de Contas da União em universidades federais que encontrou muitos casos de servidores que acumulam empregos irregularmente.
Fiquei com vontade de publicar algum comentário, mas me faltam elementos para compreender, analisar, argumentar. Escrevo então ideias soltas que me ocorrem e peço ajuda dos colegas para a análise.
Sei que o fato tem a ver com transparência, controle e accountability, nossos temas de pesquisa abordados neste Blog. Tem relação com condições de trabalho no serviço público, particularmente nas universidades. Tem a ver com educação e com o desafiador exercício de se praticar aquilo que se professa. Tem a ver com a mania nacional de estabelecer regras e mais regras que não são cumpridas, que sabemos não serão cumpridas, que muitas vezes não fazem sentido, que não são controladas e não geram efeito algum. E continuamos apostando que basta definir uma “boa regra” para que as práticas se transformem. Regras “iguais para todos” que não logram promover justiça, ignorando as particularidades de cada contexto e desestimulando o mérito, a flexibilidade e a responsabilidade das pessoas.
A análise do professor da UnB, Roberto Piscitelli, aponta que “as instituições de ensino superior precisariam investir mais na profissionalização de suas administrações, definir melhor as atribuições de seus mestres e dispor de sistemas apropriados de acompanhamento e avaliação de seu pessoal”.
O que nos remete à accountability que prioriza resultados em lugar de processos.
Prêmio para boas ideias em transparência e accountability pelo “Testing 123 – The Global Integrity Innovation Fund”
O Fundo Global de Inovação em Integridade (Testing 123 – The Global Integrity Innovation Fund) está com inscrições abertas para uma premiação de ideias inovadoras em transparência e accountability.
Serão premiadas de 10 a 15 ideias, que podem ser submetidas por indivíduos ligados ou não a alguma organização. O prêmio é de 10 mil dólares para cada ideia escolhida. As inscrições podem ser feitas até o dia 16 de novembro.
Detalhes sobre o Prêmio e o Fundo em: Testing 123 – The Global Integrity Innovation Fund
Vale conferir no site a apresentação sobre o conceito de inovação como processo de aprendizagem que envolve tentativa e erro.
I Workshop de Dados Abertos e Hackday em Florianópolis (SC)
Na quarta-feira (10), serão abordados, em quatro oficinas, desde aspectos conceituais e políticos dos dados abertos, até aspectos técnicos como formatos de publicação e ferramentas de visualização. Além disso, debate sobre como usar o potencial dos dados para fazer sites, aplicativos e matérias jornalisticas.
Após o ciclo de oficinas, será iniciado o Transparência Hackday, que segue na quinta-feira (11). A ideia é pensar e construir projetos de sites e aplicativos que combinem dados abertos, tecnologias livres e participação política na rede.
Enquanto isso, acontecem lightning talks sobre transparência pública, governo aberto, open data e participação política na rede.
O Workshop está sendo realizado pelo Laboratório de Cultura Digital, em parceria com a Controladoria Geral da União e em convênio com a UNESCO. O evento é gratuito e qualquer um pode participar, independentemente da formação.
As inscrições podem ser feitas em: https://docs.google.com/
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Ciclo de Oficinas:
O que são dados abertos?
Uma introdução ao mundo dos dados abertos, príncipios e práticas – como surgiu o movimento mundial e em que pé estamos. Como os dados abertos dialogam com a lei de acesso à informação e como se adequar à ela.
Oficineiro: Daniela Silva
Público alvo: Gestores e servidores públicos, acadêmicos e cidadãos curiosos
Formatos de dados abertos e abertura de dados do governo
Oficina técnica sobre os diferentes formatos de dados abertos e como publicar esses dados. Repositórios de dados e o caso do Dados.gov.br.
Uma explicação sobre a Infraestrutura Nacional de Dados Abertos e como participar.
Oficineiro: Nitai Silva
Público alvo: Gestores públicos, servidores com perfil técnico, desenvolvedores e cidadãos curiosos.
Jornalismo voltado para dados
Como utilizar o potencial dos dados abertos para produzir matérias, infográficos e contar histórias. Ferramentas para manipulação de dados e técnicas narrativas.
Oficineiro: Patricia Cornils
Público alvo: Jornalistas, estudantes, movimentos sociais e cidadãos curiosos
Dados, Mapas e Informações georreferenciadas
Uma introdução à visualização de dados em mapas. Como gerar mapas interativos a partir de bases de dados usando ferramentas livres.
Oficineiro: Pedro Markun
Público alvo: Jornalistas, cartógráfos, estudantes, desenvolvedores, movimentos sociais e cidadãos curiosos
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Programação
Dia 10 – Ofícinas e Hackday
10h00 – 10h30 – Abertura e credenciamento
10h30 – 12h30 – Oficina: O que são dados abertos?
12h30 – 13h30 – Almoço
13h30 – 15h30 – Oficina: Formatos de dados abertos e abertura de dados do governo
15h30 – 17h30 – Oficina: Jornalismo voltado para dados
17h30 – 19h30 – Oficina: Dados, Mapas e Informações georeferenciadas
19h30 – Início Hackday
23h00 – Fim Hackday
23h30 – Boteco Hacker
Dia 11 – Hackday e Lightning Talks
10hs – Início Hackday
13h30, 14h00, 14h30, 15h00, 15h30, 16h00, 16h30, 17h00, 17h30, 18h00, 18h30, 19h00, 19h30 -> lightning talks sobre sobre transparência pública, governo aberto, open data e participação política na rede.
23hs – Fim Hackday
23h30 – Boteco Hacker
Quando: 10 e 11 de outubro
Onde: Assembleia Legislativa de Santa Catarina
Rua Doutor Jorge da Luz Fontes, 310 – Centro Florianópolis – SC
Inscrições: https://docs.google.com/
Udesc lança Catálogo dos Grupos de Pesquisa
A Universidade do Estado de Santa Catarina lançou o Catálogo dos Grupos de Pesquisa da instituição. São 141 grupos certificados pelo CNPq.
Um deles é o grupo Politeia – Coprodução do Bem Público: Accountability e Gestão. Estamos na página 85, próximos a outros grupos de pesquisa do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas – ESAG e da área de Ciências Sociais Aplicadas.
Para conhecer mais sobre a pesquisa que vem se consolidando na Udesc, vale conferir o Catálogo dos Grupos de Pesquisa da UDESC.
Coprodução de serviços públicos e accountability são alguns dos temas da XVII IRSPM Conference, em Praga, 2013
Em sua 17a edição, a Conferência da International Research Society for Public Management – IRSPM acontecerá em Praga, na República Tcheca, em Abril de 2013.
Entre os temas dos painéis já aprovados para o evento, estão vários tópicos estudados por pesquisadores do Grupo Politeía e nos cursos de mestrado e de graduação em administração pública da Udesc/Esag. Entre eles: coprodução de serviços públicos, accountability, transparência, governança e coordenação, práticas inovadoras na provisão de serviços públicos, combate à corrupção, avaliação de desempenho colaborativo, entre outros. Veja a lista completa de Painéis em List of panels – XVII IRSPM
A submissão de abstracts para o evento está aberta até o próximo dia 21 de Outubro.
Mais informações sobre formatos de submissão e prazos em Key dates and deadlines e em Guidelines.
Diário de Classe segue mostrando como é possível coproduzir educação qualificada
O Blog Diário de Classe, criado pela estudante Isadora Faber, de Florianópolis, segue mostrando como cada um de nós pode contribuir para melhorar a qualidade da escola e da educação no Brasil. É a coprodução do bem público educação acontecendo na prática, em nosso cotidiano, perto da gente.
Na mensagem transcrita a seguir, Isadora nos desafia a pensar que podemos almejar que o Brasil seja um país de excelência em educação. Para o que é necessário o engajamento de todos – estudantes, professores, familiares, comunidade, servidores públicos, especialistas em educação. Engajamento no sonho, nas ideias e nas ações.
Segue o texto postado no Diário de Classe, nesta 2a feira, 01 de outubro:
“Fazem pouco mais de dois meses de Diário. Muita coisa mudou, nunca pensei na repercussão que ia dar. Olhando tudo que aconteceu, fico feliz em ver que as coisas que mostrei foram consertadas, a quadra parece que vai ser pintada, a APP foi formada e outras coisas. Me perguntam muito o que vai ser agora que a escola foi reformada, se vou seguir com Diário. Hoje penso diferente, penso maior. Penso que se minha escola pode melhorar, por que não as outras? Não só de Florianópolis, mas de todo Brasil. Por que vemos escolas tão ruins como as que são mostradas aqui? Quem ganha com isso? Pra mim isso é motivo de vergonha e acho que isso envergonha todo Brasil. Será que pensam que enganam alguém com índices, cotas? Será que os outros países acreditam nisso? Você acredita nisso? Eu acho que o Brasil finge que a educação tá boa para impressionar os outros como se todos fossem bobos. Recebi fotos que parece qualquer coisa, menos escolas, por que isso? Se a ge