Londrina realiza II Semana Municipal de Transparência, Prevenção e Combate à Corrupção

Muito bacana o evento que acontece na próxima semana em Londrina – PR. 
A cidade vem avançando bastante no enfrentamento da corrupção e na promoção da cidadania e da qualidade da gestão pública. 
Dá pra entender um pouco as razões desse avanço ao ver a programação do evento e os argumentos da Pauline Frank de Almeida, do Observatório de Gestão Pública de Londrina, no seu convite à participação no evento (depois da figura):

Convite da Pauline:

“Amigos, tenho um convite a fazer! Participem da II Semana Municipal de Transparência, Prevenção e Combate à Corrupção! 

Agora vou tentar convencê-los do porquê participar de cada um dos eventos. 

Você já disse que a administração pública é um porcaria? Acha que todo servidor público é “encostado” e faz “corpo mole”? Não acredita que os órgãos públicos zelem pelos impostos que você paga?

Então você deve ir à abertura da II Semana Municipal de Transparência! Na segunda-feira, dia 23, às 19h, no auditório do Sincoval, teremos o I Prêmio de Boas Práticas na Administração Pública. Os órgãos inscreveram seus projetos e agora vamos mostrar e premiar os melhores deles. Que notícia boa saber o que a administração pública vem fazendo de legal, interessante, inovador! Ficou curioso, né?! Então, beleza. Nos encontramos na abertura.

Agora: dia 2! II Encontro dos Conselhos Municipais de Londrina.

Você sabia que Londrina possui quase 30 conselhos municipais de direitos e políticas públicas? Esses conselhos são espaços previstos em lei de participação da sociedade civil na administração. Mas falta força a eles! Como melhorar isso? Criando um Fórum Permanente dos Conselhos! Parece lógico, mas é se unir para garantir o interesse coletivo. Gostou da ideia? Então, “bora lá” no segundo dia da Semana de Transparência. É terça-feira, dia 24, às 19h, no Sincoval.

Dia 3! Curso sobre licitação e fiscalização de contratos.

Esse aqui parece difícil, né?! Realmente é um dia de curso mais voltado para o servidor público, mas também vale para a comunidade. Todo mundo devia saber como o poder público compra as coisas e contrata obras. É entender como a merenda chega às escolas, como o dinheiro é investido na construção de um posto de saúde, por exemplo. E mais! Saber como fiscalizar isso! Fiscalização não é só serviço do poder público, mas de toda a comunidade. Gostou? É só se inscrever no curso. E gente: é GRATUITO! Das 8h às 17h30, no dia 25, na OAB.

Dia 4! Curso sobre cidadania fiscal.

A gente vive falando que paga imposto demais. Quando olha aquelas cifras não entende nada. Não consegue saber como o dinheiro que paga é distribuído entre governos federal, estadual e municipal. Sabe do tal pacto federativo, mas como isso funciona??? Chegou a hora de descobrir. Vamos trazer um professor lá de Curitiba, na Escola de Educação Fazendária (chique!) para explicar tudo isso. E nada de linguagem difícil. É para sair de lá entendendo! De novo, CURSO GRATUITO! Dia 26!

Vamos nos inscrever para os cursos? http://observatoriolondrina.org.br/imprensa/noticias/789-inscricoes-para-os-cursos-da-ii-semana-municipal-de-transparencia-prevencao-e-combate-a-corrupcao.html

O encerramento tinha que ser com chave de ouro! O que fazer? Reunir todos os órgãos que acompanham a gestão para a formação de uma rede: Ministério Público, Receita, Polícia, Poder Judiciário, Controladoria dos órgãos… Queremos que eles troquem informações e tenham inclusive a participação da sociedade civil nesse trabalho. Afinal, queremos acompanhar a administração, não apenas pedir que alguém o faça. O encerramento é sexta (27), às 19h, no Sincoval.

Gente, é para sair dessa semana sabendo todas as formas de acompanhar a administração. Ajudem-nos a divulgar, especialmente os colegas jornalistas. Contamos com a presença de todos.”

(Pauline Frank de Almeida)

Grupo de Pesquisa Politeia tem defesa de Dissertação de Mestrado

No dia 29 de outubro de 2015, Camila Pagani, do Mestrado Acadêmico em Administração da ESAG e membro do Grupo de Pesquisa Politeia, defendeu sua dissertação que tem como título “Articulação de saberes e produção de conhecimento na cidade: o papel da universidade na Rede Nossa São Paulo e na Red Ciudadana Nuestra Córdoba”.

A dissertação visou analisar as características da relação entre universidades e iniciativas da Rede Latino-americana por Cidades e Territórios Justos, Democráticos e Sustentáveis, especificamente nas cidades de Córdoba e São Paulo, buscando compreender como a articulação de saberes pode contribuir para as linhas de ação destas iniciativas e para a produção de conhecimento na cidade.

O trabalho buscou contribuir para o projeto de pesquisa “Governança Democrática em Cidades Latinoamericanas: Estudo Comparado de Experiências de Accountability Social e sua Incidência em Cidades Argentinas, Brasileiras, Colombianas e Uruguaias”, desenvolvido pelo Grupo Politeia, com o objetivo de articular representantes das universidades dos quatro países envolvidos em discussões e trocas de experiências sobre as iniciativas em suas localidades.

A Rede Latino-americana por Cidades e Territórios Justos, Democráticos e Sustentáveis (http://redciudades.net/) conta com 70 iniciativas de 10 países do continente e engloba organizações e pessoas dos mais variados setores da sociedade civil. A Rede Nossa São Paulo (http://www.nossasaopaulo.org.br/) e a Red Ciudadana Nuestra Córdoba (http://www.nuestracordoba.org.ar/) são duas destas iniciativas. A participação das universidades nestas iniciativas se deu de diferentes maneiras ao longo do tempo, tornando-se mais ou menos ativas a depender da composição e objetivos mais específicos de cada iniciativa.

Participaram da banca, além da orientadora prof. Dra. Paula Chies Schommer, os professores Dr. Valério Alécio Turnes da UDESC, Dr. Mário Aquino Alves da FGV-EAESP de São Paulo e Dra. Pamela Del Valle Cáceres da Universidad Católica de Cordoba – UCC.

Após as defesas, todos os trabalhos são publicados – de forma completa ou parcial, conforme autorização do autor – em até 60 dias no Banco de Dissertações, na página da pós-graduação stricto sensu da Udesc Esag.

Notícia na página da ESAG/UDESC: http://www.esag.udesc.br/?idNoticia=14296 

Contato: pagani.camila@gmail.com

Cidade Democrática: plataforma facilita a interação e o diálogo entre Pode Público, Cidadãos e Mercado, possibilitando a coprodução como solução dos problemas das cidades

* Por Diego Trombettta
Cidade Democrática é uma plataforma que tem por objetivo possibilitar que Cidadãos, Gestores Públicos, Parlamentares, Empresas, ONG’s, e o Poder Público em geral possam divulgar seus problemas e dialogar com outros atores sociais sobre esses problemas, visando encontrar possíveis soluções.

Na plataforma é possível apontar e compartilhar problemas e soluções para as questões públicas, fazer comentários e perguntas de interesse público, dar ideias e fornecer dados sobre os problemas e as soluções.

O objetivo  é criar uma rede de troca de informações para que todos possam participar  e encontrar  experiências  e conteúdos dos problemas comuns, para que assim surjam diferentes propostas para solução dos problemas adaptadas às mais diversas peculiaridades, no final das contas se espera que isso colabore na criação do bem comum.

Pela perspectiva da accountability[1]é uma ferramenta que colabora diretamente para o aumento dos níveis de transparência, uma vez que possibilita que os cidadãos aumentem seus conhecimentos e capacidade argumentativa em relação  ao funcionamento da máquina pública, sua burocracia e seus limites. Ainda, permite ao cidadão conhecer mais detalhes sobre a competência de cada ente federado – União, Estados e Municípios – , orientando o cidadão sobre as formas de reclamar e quais as organizações corretas para  registrar reclamações e cobrar medidas de intervenção. Ou  mesmo compartilhando formas de ação direta através do terceiro setor ou conselhos de bairro, empoderando o cidadão e lhe dando uma perspectiva de abandono da passividade.

Além disso, a plataforma possibilita que a iniciativa pública, sejam prefeituras, autarquias ou empresas mistas, conheçam de forma mais completa as perspectivas pelas quais os cidadãos enxergam os problemas com quais eles tem que lidar, e até mesmo quais ações eles esperam e como isso impacta em suas vidas. Isso possibilita que as organizações públicas, muito além de melhorar seus índices de satisfação, possam realmente prestar serviços mais humanos aos cidadãos.

* Texto elaborado por Diego Trombetta, estudante de Administração Pública da Universidade do Estado de Santa Catarina, Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas – UDESC/ESAG, no contexto da disciplina Sistemas de Accountability.


[1]Accountability é um termo que remete à obrigação de membros de órgãos representativos e ou envolvidos com interesse público em prestar contas aos seus representados, indo além da explicação tradicional “do que foi feito”, explicando de maneira transparente o motivo pelo qual as coisas foram feitas de determinada forma, e qual o objetivo da organização com aquela atitude. A partir da informação e da justificação, o agente público deve ser responsabilizado por suas ações e omissões frente ao poder que lhe foi delegado. Leia mais em: http://goo.gl/JtxqkU

Lei de Acesso à Informação é tema do 108º Conexão Pública, com Fabiano Angélico e Jaime Luiz Klein

O programa, que foi ao ar na TVAL no dia 06 de Novembro de 2015, contou com a participação do jornalista especialista em transparência e acesso à informação, Fabiano Angélico, e do presidente do Observatório Social de São José, Jaime Luiz Klein.

O Conexão Pública é um programa da TVAL, da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, realizado em parceria com a Escola do Legislativo e o Curso de Administração Pública da ESAG/UDESC, por iniciativa do Programa de Extensão LASP.

Curso online sobre publicação de dados governamentais em formato aberto



A capacitação foi lançada pela W3C Brasil, em parceria com a CGU.

A iniciativa é um dos produtos do projeto de cooperação técnica “Política Brasileira de Acesso a Informações Públicas”, firmado entre a CGU, a UNESCO e o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).

Os interessados podem se inscrever a qualquer momento pelo site da Escola de Políticas Públicas

O Curso é gratuito.

Mais detalhes em: Escola de Políticas Públicas – curso

Eu Voto Piracicaba – plataforma que permite aos cidadãos opinarem sobre projetos de lei em tramitação na Câmara de Vereadores



Está no ar a Plataforma #EuVotoPiracicaba – www.euvotopiracicaba.org.br, iniciativa do Observatório Cidadão de Piracicaba

A Plataforma permite aos cidadãos opinarem sobre Projetos de Lei em tramitação na Câmara de Vereadores de Piracicaba.

Após cadastro na plataforma, é possível indicar as opções “Sim”, “Não” ou “Abstenção” e deixar os comentários para cada um dos projetos de Lei cadastrados.

É também possível compartilhar o voto e a opinião nas redes sociais e convidar os contatos para participarem.

O resultado da votação para cada projeto é enviado a todos(as) os(as) vereadores(as).

Para saber mais: www.euvotopiracicaba.org.br

O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral sob o prisma da accountability


Por Maria Julia Corrêa*

O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, MCCE, desde 1998, mobiliza diversos segmentos da sociedade por inovações nas questões políticas eleitorais do país. Em 2002, ampliou sua atuação por todo o território nacional e, hoje, conta com a integração de 50 entidades nacionais, formando, assim, uma rede apoiada por diversos tipos de organizações.


Das quatro leis de iniciativa popular que temos no Brasil, duas foram realizadas pelo MCCE. A primeira delas, a Lei nº 9.840/99 (“Lei da Compra de Votos”), permite a cassação do diploma e dos registros eleitorais de candidatos que ofereçam vantagens pessoais em troca de voto. Já a Lei da Ficha Limpa, instituída em 2010, prevê a inelegibilidade de políticos que cometerem atos que ferem a moral e a probidade administrativa, abrangendo, desta forma, crimes contra o patrimônio público, o sistema financeiro, a ocultação de bens, dentre outros.  


Fiscalização, educação e monitoramento são os três eixos que formam a base de atuação do Movimento. O eixo de fiscalização é realizado pelo acompanhamento de processos e pelo recebimento de denúncias referentes à Lei da ficha limpa e à Lei de compra de votos. Já o eixo da educação trabalha na conscientização da sociedade por meio de palestras, seminários e cartilhas. Por fim, no eixo do monitoramento, os orçamentos públicos são controlados para evitar que haja desvios de verbas públicas para fins eleitorais, bem como o acompanhamento das ações do parlamento em relação as duas iniciativas de Leis deste movimento.


Atualmente, o movimento vem mobilizando o país para realizar um novo projeto de Lei de iniciativa popular referente à reforma política democrática e eleições limpas. Através deste link: http://www.reformapoliticademocratica.org.br/ é possível ter acesso ao projeto e assinar.


Neste ano, o Movimento Contra a Corrupção Eleitoral completa 13 anos de atuação na política eleitoral brasileira, contribuindo com resultados significativos e efetivos para o controle e transparência das eleições que temos hoje, correspondendo assim uma ferramenta que busca viabilizar a accountability, seja pela educação dos cidadãos incentivando-os a exercerem a participação política, ou pelas inúmeras entidades que compõem a rede do MCCE, fortalecendo o combate à corrupção eleitoral.  


Rubens Lima Moraes, mestre pela Udesc/Esag, realizou a dissertação do seu mestrado pautado na compreensão das inovações e ações sociais do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral. Um dos objetivos de sua dissertação era analisar como se dava a relação do MCCE com as diversas organizações parceiras da causa. Uma pluralidade de pessoas e entidades foram citadas como apoiadoras do movimento. Há entidades da Igreja católica, ex-promotores, advogados da OAB, associações de magistrados, delegados e procuradores, enfim, uma série de atores que tem um objetivo comum: o apoio ao combate à corrupção eleitoral.


Desta forma, o MCCE é composto hoje por entidades e pessoas de muito prestígio social, fortificando suas propostas e campanhas. Através desta rede de atores, todos os níveis do governo ficam pressionados, principalmente o Congresso Nacional, pois toda essa articulação mobiliza a sociedade em diversas esferas, desde cidadãos até entidades e autoridades políticas, o que aproxima o MCCE dos órgãos governamentais gerando efeitos no Legislativos, Judiciário e Executivo.  

Além disso, a forma com que o Movimento se criou, sendo organizado pela sociedade civil, e a maneira com que vem tomando seus rumos, através do aprimoramento da máquina pública, articulação em rede e utilizando-se dos instrumentos de democracia instituídos por Lei, o torna cada vez mais convergente com os atributos que a accountability propõe. O Movimento realiza ações e iniciativas que cobram a transparência do governo e aprimoram as políticas eleitorais, envolvendo a mobilização da sociedade e o seu exercício de cidadania. Desta forma, o Movimento, como mecanismo de controle social, favorece o exercício da accountability, ao incentivar o controle político eleitoral por meio dos cidadãos e de mecanismos dispostos em nossa própria Constituição Federal para aprimorar o exercício governamental.


*  Maria Julia Corrêa é estudante de Administração Pública na Udesc/Esag e atualmente participa do processo Trainee da Esag Jr.  O texto foi desenvolvido no contexto da disciplina Sistemas de Accountability.