IV Seminário Observatórios, Metodologias e Impactos: territórios e políticas públicas

O IV Seminário OBSERVATÓRIOS, METODOLOGIAS E IMPACTOS – TERRITÓRIOS E POLÍTICAS PÚBLICAS dá sequência à tematização de interesse de um coletivo de observatórios comprometidos com a organização e democratização das informações, assim como com a afirmação de políticas públicas no contexto da sociedade e Estado contemporâneos. O evento realizado pelo Instituto Humanitas, da Unisinos, juntamente com uma rede de diversos observatórios, dá continuidade a três seminários anteriores, que objetivaram promover o estudo e o debate sobre o papel dos observatórios, suas metodologias e impactos junto às políticas públicas, assim como a articulação entre os agentes e pesquisadores destas tecnologias sociais.

Este IV Seminário conta com a participação da pesquisadora Paula Chies Schommer, do grupo de pesquisa Politeia, que tem desenvolvido pesquisas sobre a atuação de observatórios sociais.

Público: Acadêmicos, pesquisadores, gestores governamentais, da sociedade civil e conselheiros e agentes que atuam vinculados a Observatórios e nos processos de fortalecimento da transparência e democratização do Estado e da Sociedade.

Objetivos: Analisar e articular as concepções, práticas e contribuições na qualificação das estratégias de relação dos Observatórios com os territórios e os seus impactos nas políticas públicas.
  • Promover o debate sobre as metodologias de acesso, sistematização e publicização dos indicadores e bases de dados utilizados pelos Observatórios;  
  • Avaliar as contribuições e limites dos Observatórios nas suas relações com os agentes implicados na construção e controle social das políticas públicas nos diferentes territórios.

Programação: 

29/09 – segunda-feira:

  • 14h – Recepção e Credenciamento
  • 15h – Roda de conversa dos Observatórios Sociais: territórios e políticas públicas
Debatedora: Profa. Dra. Paula Chies Schommer – Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC
  • 18h – Lançamento das produções dos observatórios
19h – Lançamento do Dicionário para a formação de Gestão Social – Profa. Dra. Paula Chies Schommer – Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC
  • 19h30min – Conferência de abertura – Observatórios, territórios e políticas públicas no contexto atual – Profa. Dra. Dirce Harue Ueno Koga – Universidade Cruzeiro do Sul – UNICSUL
  • 22h – Encerramento
30/09 – terça-feira 
  • 8h30min – Acolhida
  • 9h – Mesa-redonda – Impactos e contribuições dos Observatórios nos diferentes contextos
  • Coordenação: Profa. Dra. Flávia Obino Corrêa Werle – Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS
  • Participantes: Prof. MS Irio Conti – Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – CONSEA: Noemi Krefta – Movimento de Mulheres Camponesas e Articulação Nacional de Agroecologia; Paola Carvalho – Coordenadora Executiva do Programa RS MAIS IGUAL; Prof. MS Mauricio Farias Cardoso – Presidente da Associação Comercial e Industrial de Alvorada
  • 11h30min – Intervalo
  • 13h – Apresentação de trabalhos – Orais e Pôsteres
  • 15h – Intervalo
  • 15h30min – Desafios e estratégias dos Observatórios junto aos territórios – Profa. Dra. Dirce Harue Ueno Koga – Universidade Cruzeiro do Sul – UNICSUL
  • 17h30min – Avaliação
  • 18h – Encerramento
Inscrições: 
Faça sua inscrição aqui.
Confira a lista dos trabalhos aprovados aqui.
Evento gratuito.
Fonte: Instituto Humanitas Unisinos – http://www.ihu.unisinos.br/eventos/agenda/482-

Coprodução de serviços públicos como estratégia de implementação do novo serviço público

* Por Nadia Garlet

Para entender porque a coprodução é uma estratégia para a implementação do novo serviço público é preciso, antes, saber como cada um dos dois funciona ou se propõe a funcionar. Para que exista coprodução de serviços públicos, é necessário o envolvimento dos cidadãos/usuários de um serviço específico e do ofertante daquele serviço, ou seja, todos os envolvidos com aquele bem/serviço devem participar ativamente da decisão de como vai ser ofertado/entregue e também na entrega propriamente dita (Verschuere, Brandsen & Pestoff, 2012)

Esse processo envolve uma participação ativa de todos, especialmente daqueles que se beneficiarão do serviço, porque a coprodução não é feita somente para os outros, mas principalmente para atender a uma necessidade sentida pelo cidadão. Este se mobiliza e se articula com outros cidadãos e com servidores públicos para encontrar uma solução.

A coprodução necessita, portanto, do engajamento de ambas as partes (cidadãos e ofertantes regulares do serviço) e esse engajamento se mantém no tempo, principalmente quando há resultados dessa coprodução e esses resultados são percebidos pelos envolvidos. Por essas características é que se pode afirmar que a coprodução é uma estratégia para a implementação do novo serviço público, modelo de administração pública que tem como foco servir ao interesse público.

Outras características do novo serviço público também nos permitem relacioná-lo à coprodução, tais como os conceitos que o fundamentam: diálogo, cidadania, participação e envolvimento. Outros pontos importantes dizem respeito às raízes do novo serviço público (Denhadt e Denhardt, 2003), que envolvem a cidadania democrática, com o senso de pertencimento e o engajamento em prol do bem comum; o senso de comunidade; o humanismo organizacional, que estimula o desenvolvimento das pessoas; e o pós-modernismo, que permite ao Estado ter mais de uma solução para o mesmo problema, ou seja, adaptar a sua atuação conforme o contexto em questão. Este último ponto, relacionado à solução adaptada ao contexto, está diretamente relacionado à coprodução, que também trabalha com soluções locais que atendam especificamente a uma necessidade.

O novo serviço público torna-se viável por meio da coprodução, pois esta implica um trabalho cooperativo realizado pelos vários atores envolvidos (públicos, privados e organizações da sociedade civil e cidadãos/usuários), além de sua motivação que é a contribuição com a sociedade, o fortalecimento da cidadania.

Compreendendo os dois – coprodução e novo serviço público – pode-se dizer que a coprodução dos serviços públicos é um elemento fundamental para garantir, embora não sozinha, a implementação do novo serviço público. No entanto, mesmo sendo um modelo com ideais consistentes, ainda carece de estudos relacionados, principalmente, à accountability, já que haverá mais de um ator envolvido na produção e a principal questão a ser respondida é quem controla quem e para quem se faz a accountability, desafio também presente na coprodução.


*Nadia Garlet é graduada em relações pública e em jornalismo pela Universidade Federal de Santa Maria e mestranda em administração na Universidade do Estado de Santa Catarina, Udesc/Esag. É relações públicas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina. No primeiro semestre de 2014, cursou a disciplina Coprodução do Bem Público, do Mestrado em Administração da Udesc/Esag, na qual desenvolveu este texto.
Referências sobre coprodução e novo serviço público:

BRUDNEY, J. L.; ENGLAND, R. E. Toward a definition of the coproduction concept. Public Administration Review. 43 (1), 59-65, 1983.

DENHARDT, Jane Vinzant; DENHARDT, Robert B. The New Public Service: Serving, not Steering. New York: M.E.Sharpe, 2003.

VERSCHUERE, Bram; BRANDSEN, Taco; PESTOFF, Victor. Co-production: The State of the Art in Research and the Future Agenda. Voluntas, 23(4):1083, 2012.DOI 10.1007/s11266-012-9307-8

WHITAKER, G. Co-production: Citizen Participation in service delivery.  Public Administration Review. p.240-246, may/jun. 1980.

Para saber mais sobre accountability:

ROCHA, Arlindo Carvalho. Accountability na administração pública: modelos teóricos e abordagens. Contabilidade, Gestão e Governança. Brasília, v. 14, n. 2, p. 82-97, mai./ago. 2011. Disponível em http://www.cgg-amg.unb.br/index.php/contabil/article/view/314/pdf_162

ABRUCIO, Fernando Luiz; LOUREIRO, Maria Rita. Finanças públicas, democracia e accountability. In: ARVATE, Paulo Roberto; BIDERMAN, Ciro. Economia do Setor Público no Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier/Campus, 2005.

KOPPELL, Jonathan. Pathologies of accountability: ICANN and the challenge of “multiple accountability disorder”. Public Administration Review, v. 65, n. 1, pgs. 94-108, jan 2005.

Gestão Social: ensino, pesquisa e prática – Chamada de trabalhos para edição especial da Revista de Ciências da Administração da UFSC/CSE

O Departamento de Ciências da Administração do Centro Socioeconômico da Universidade Federal de Santa Catarina em parceria com o Programa de Estudos em Gestão Social – PEGS, através do Projeto “Gestão Social: ensino, pesquisa e prática” – Edital PRO- ADMINISTRAÇÃO/CAPES n. 09/2008, torna público que estará aberta por um período de 70 (setenta) dias, a contar do dia 08 de setembro de 2014 até 16 de novembro de 2014, a chamada aos pesquisadores para submeterem artigos visando a compor a “Edição Especial” do periódico científico Revista de Ciências da Administração da UFSC, ISSN 2175-8077 e ISSN 1516-3865, tendo como tema central a “Gestão Social: ensino, pesquisa e prática”.

Maiores informações no site: https://periodicos.ufsc.br/index.php/adm

Pesquisa mostra que mais de 50% dos eleitores de SC estão pouco interessados nas Eleições

No dia 01 de setembro, uma reportagem do RBS Notícias trouxe à tona uma discussão sobre o (des)interesse dos catarinenses nas eleições e sua lembrança (ou esquecimento) do voto na última eleição. 
A reportagem contou com entrevista aos professores e pesquisadores do Grupo de Pesquisa Politeia, Enio Luiz Spaniol e Paula Chies Schommer, na sala do grupo.
Confira a reportagem:

Artigo do pesquisador José Francisco Salm Júnior é publicado na revista Science

José Francisco Salm Júnior, professor de Administração Pública e pesquisador do Grupo de Pesquisa Politeia, da Udesc/Esag, e do Instituto Stela, teve um artigo publicado na mais recente edição da prestigiada revista Science, em co-autoria com três pesquisadores da Organização Mundial de Saúde (OMS).

O texto trata da construção de um observatório global de pesquisa e desenvolvimento na área de saúde, trabalho que está em andamento na OMS, com ativa participação do professor Salm Jr.

É imensa nossa alegria pelo grande feito de nosso colega José Salm Jr. O trabalho que ele vem desenvolvendo na Organização Mundial de Saúde contribuirá para importantes avanços na saúde em todo o mundo. Tão importante e qualificado que ganha esse espaço na Science, publicação na qual poucos brasileiros até hoje figuraram como autores. Alegria nossa de conviver cotidianamente com o colega e aprender com sua sabedoria, que é repleta de inteligência, simplicidade e muito trabalho.

OBRIGADA E PARABÉNS!!!!

Detalhes desse grande feito no texto de Gustavo Cabral Vaz:



2/09/2014 ~ 09h50min

Artigo de professor da Udesc é publicado na revista Science

Edição divulgada nesta sexta traz texto de co-autoria de José Salm Júnior, da Esag, sobre trabalho elaborado para a Organização Mundial de Saúde


Artigo aborda observatório global de pesquisa
e desenvolvimento na área da saúde

Considerada uma das publicações científicas mais prestigiadas do mundo, a revista norte-americana Science traz na edição divulgada nesta sexta-feira, 12, um artigo assinado pelo professor José Francisco Salm Júnior, do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Florianópolis.

Elaborado em parceria com três pesquisadores da Organização Mundial de Saúde (OMS), o artigo aborda o trabalho em andamento para construção de um observatório global de pesquisa e desenvolvimento na área da saúde.

Idealizado para utilização e benefício de todos os países membros da OMS, o observatório visa reunir dados de pesquisas que tratem de doenças atualmente negligenciadas pela indústria farmacêutica. O sistema funcionará como um mapa global de atividades de pesquisa relacionadas à saúde.

Pela equipe da OMS, são coautores do artigo os pesquisadores Robert Terry e Cláudia Nannei, ambos do programa especial de pesquisa em doenças tropicais da organização, e Christopher Dye, que integra o gabinete do Diretor Geral da entidade com base em Genebra, na Suíça.

Segundo o professor Salm Jr., sua contribuição ocorreu pela experiência de mais de 18 anos trabalhando com plataformas nacionais e internacionais de ciência, tecnologia e inovação.

Plataforma Lattes

Nos anos 1990, Salm Jr. integrou a equipe de pesquisadores que desenvolveu a Plataforma Lattes, lançada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e hoje uma das maiores bases de registro da atividade científica no País.

A plataforma integra em um único sistema de informações as bases de dados de currículos, grupos de pesquisa e instituições das áreas de ciência e tecnologia que atuam no Brasil.

Após seu lançamento, o professor Salm Jr. também atuou como coordenador, junto às instituições de ensino superior brasileiras, da criação da padronização do currículo Lattes.


Professor Salm Jr., que é natural de
Florianópolis, elaborou artigo em
parceria com três pesquisadores da OMS

O desenvolvimento da plataforma teve participação de outra instituição da qual o professor Salm Jr. também é pesquisador: o Instituto Stela, organização privada, de gênese universitária e sem fins econômicos, que se dedica à pesquisa, ao desenvolvimento e à inovação de soluções em engenharia e gestão estratégica de informação e conhecimento.

Lattes norte-americano

Entre 2010 até 2012, Salm Jr. integrou a equipe de pesquisadores que concebeu o equivalente da Plataforma Lattes junto às agências de fomento nos Estados Unidos, denominado Science Experts Network Curriculum Vitae (ScienCV)

O trabalho foi realizado com participação de profissionais da National Science Foundation (NSF), do National Institutes of Health (NIH) e do escritório de Políticas Públicas em Ciência e Tecnologia da Casa Branca.

As experiências de desenvolvimento dessas duas plataformas são citadas no artigo publicado na revista Science como fontes de conhecimento para chegar à proposta do Observatório Global em Pesquisa e Desenvolvimento da OMS.

Docente do curso de Administração Pública da Udesc Esag, Salm Jr. abordou em seu doutorado o tema Engenharia de Ontologias para Plataformas de Governo Aberto. Ele é filho do professor José Francisco Salm, PhD, que também atuou como docente pelo centro de ensino.

Sobre o artigo, ele revela uma importância pessoal no momento da publicação: “A data é muito especial para mim, pois nesse dia meus pais completariam 50 anos de casados, motivo pela qual dedico esse trabalho à memória de minha mãe e ao meu pai, que me iniciou na atividade acadêmica e sempre me orientou”.

A revista

Publicada pela Associação Americana pelo Avanço da Ciência, a revista Science é considerada uma das publicações científicas mais prestigiadas do mundo, ao lado da inglesa Nature.

Com tiragem semanal de 130 mil exemplares e número estimado de leitores superior a um milhão, foi fundada em 1880, em Nova York, e teve entre seus financiadores nomes como Thomas Edison e Alexander Graham Bell.

Os artigos que publica são submetidos ao processo de revisão paritária e sua linha editorial tem como objetivo maior a publicação de descobertas científicas recentes.

Autores do artigo:
Robert F. Terry – Pesquisador do programa especial de pesquisa em doenças tropicais da OMS
José F. Salm Jr. – Professor e pesquisador na Udesc Esag e pesquisador no Instituto Stela
Cláudia Nannei – Pesquisadora do programa especial de pesquisa em doenças tropicais da OMS
Christopher Dye – Diretor de Estratégia do Gabinete do Diretor Geral da OMS

Assessoria de Comunicação da Udesc Esag
Jornalista Gustavo Cabral Vaz
E-mail: gustavo.vaz@udesc.br
Telefone: (48) 3321-8281 

Transparência, Accountability e Jornalismo

O Centro Knight para Jornalismo nas Américas organizou um e-book em 12 capítulos destacando a situação do acesso à informação em 11 países Latino-americanos e da região do Caribe. A publicação, em inglês, “Transparency and Accountability: Journalism and acess to public information in Latin American and Caribe“, está disponível gratuitamente.

A proposta do livro nasce, segundo consta em seu Prefácio, a partir da percepção de que o acesso à informação ajuda a mudar o cenário da cultura do segredo que sempre vigorou nestes países e o papel que o jornalismo pode exercer, contribuindo com esse debate. Acesse a íntegra do material Aqui.

A Nova Economia da Mobilidade

No próximo dia 26 de setembro, no auditório da Torre Santander, na Avenida Juscelino Kubischeck – 2.235, em São Paulo, será realizado o Seminário A Nova Economia da Sustentabilidade. O evento integra a Virada da Sustentabilidade e reunirá tomadores de decisão do setor privado, governos e sociedade civil, debatendo estratégias e soluções para a mobilidade urbana e a busca por cidades sustentáveis.
As inscrições podem ser feitas Aqui.
A Agenda Preliminar do Seminário contempla: