“Democracia Digital: publicidade, instituições e confronto político” é o título de livro recém lançado pela Editora UFMG

Ricardo Fabrino Mendonça, Marcus Abílio Pereira e Fernando Filgueiras são os organizadores do livro, lançado pela Editora da UFMG, como fruto de um projeto de cooperação Brasil-Europa.
Link para adquirir o livro: http://www.editoraufmg.com.br/pages/obra/610/democracia-digital-publicidade-instituicoes-e-confronto-politico
SUMÁRIO

Apresentação 9
Parte 1
Publicidade, instituições e interações políticas
Transparência digital em instituições democráticas. Horizontes, limites e barreiras
Sivaldo Pereira da Silva
Internet e transparência política
Francisco Paulo Jamil Almeida Marques
A política pública de transparência no Brasil. Tecnologias, publicidade e accountability
Fernando Filgueiras
Transparência, accountability e tecnologia. Contornando o dilema do lado da oferta
Fabiano Angélico
A ALMG no ciclo de políticas públicase o site Políticas públicas ao seu alcance
Maria Regina Álvares Magalhães
Paulo César Quintal Scofield Soriano
Entre a transmissão e a interação com os eleitores. Líderes políticos italianos no Twitter
Sara Bentivegna
Os limites da sociedade civil no regulamento da vida política
Justin Fisher
Deliberação on-line
Raphaël Kies
Dimensões do processo comunicativo na deliberação on-line: Trocas argumentativas, criação de cenas dissensuais e construção do sujeito político
Ângela Cristina Salgueiro Marques
Deliberação on-line. Uma avaliação de algumas propostas de mensuração
Ricardo Fabrino Mendonça
Parte 2
Participação e democracia no mundo digital
As mobilizações de indivíduos na internet
Dominique Cardon
“Política hacker” O desafio da cidadania tecnocientífica na democracia contemporânea
Yurij Castelfranchi
Movimentos ou momentos? Algumas notas sobre “novíssimos movimentos sociais”
João Teixeira Lopes
Insurgências, redes de opinião e coletivos de intervenção
Sérgio Amadeu da Silveira
“Nós somos a rede social!” O protesto político entre as ruas e as redes
Wilson Gomes
A viralização da Revolta em redes sociais. Genealogias de #Vemprarua
Fábio Malini
Fábio Goveia
Patrick Ciarelli
Lia Carreira
Violência coletiva e o Facebook. Os protestos de junho de 2013 no Brasil
Marcus Abílio Pereira
Pedro Perini Santos
Imagens que informam, imagens que vinculam. Reflexões sobre os fluxos audiovisuais
nas Jornadas de Junho
Geane Alzamora
Joana Ziller
Carlos D’Andrea

Controle Social: como atuar e por onde começar?

Por Jaime Luiz Klein*

O controle social, a despeito de insipiente, vem ganhando forças no Brasil, multiplicando-se as iniciativas individuais, em grupo (Movimento Cidadão Fiscal, etc.) ou por meio de ONG´s (Observatório Social, Vigilantes da Gestão Pública, Contas Abertas, etc.), fomentado principalmente pela situação que o país enfrenta, com grave crise moral e institucional, afetando a qualidade dos serviços púbicos e a saúde financeira dos Governos, que tem elevado o grau de percepção da corrupção e ineficiência pública dos cidadãos.
Há 5 anos atuando no controle social dos gastos públicos do Município de São José, o Observatório Social de São José (OSSJ) desenvolveu metodologia própria, com objetivos, programas e ações para fiscalizar a gestão pública, cujos resultados extraordinários, que já foram destaque na mídia nacional ( http://www.bbc.com/portuguese/brasil-37526368 ) e internacional ( http://www.bbc.com/mundo/noticias-37657574 ) pela rede de notícias BBC, comprovam a sua efetividade.
Com base no “know how” da equipe técnica adquirida no período, composta principalmente com voluntários especialistas de várias áreas de formação e conhecimento, e no conjunto de ações desenvolvidas, foi possível agrupar as atividades em cinco programas e estimar a sua relevância no contexto do controle social desenvolvido pelo OSSJ, conforme destacado na representação gráfica.
Entre as ações mais relevantes para a fiscalização da gestão pública, que representa 50% da atuação, constituindo-se a base da pirâmide, encontra-se o fomento à Transparência Pública, inclusive com o uso da Lei de Acesso à Informação, bem como o chamado para que o cidadão, por meio do controle social, exerça a sua cidadania, especialmente denunciando nas Ouvidorias do Ministério Público e Tribunal de Contas os indícios de irregularidades que tem ou venha a ter conhecimento.
Cidadania envolve um tripé. De acordo com o Movimento Cidadão Fiscal, não basta apenas votar e pagar impostos, também temos que cobrar, fiscalizar e denunciar. De acordo com o ex-embaixador britânico no Brasil, Alex Ellis, veiculada pela BBC Brasil, o que mais o impressionou durante o período foi a “resiliência do brasileiro”, que “toleram coisas que não deveriam ser toleradas”. O conhecimento de ilegalidades e a omissão em comunicar os fatos às autoridades é uma dessas situações, pois, infelizmente, muitos ainda consideram que a denúncia não é um ato de cidadania.
Ressalta-se que a transparência, entendida como a disponibilização ativa dos dados e documentos no Portal de Transparência, que é o pressuposto do controle social, por si só, já faz com que o gestor seja obrigado a implementar normas, fluxos e sistemas para produção de dados, tornando-o, em tese, mais racional e eficiente, e, também, fará com que o mau gestor pense e repense suas atitudes, que estarão permanentemente patentes diante da sociedade e, sobretudo, dos que tomarem consciência que precisam fiscalizar os recursos públicos e denunciar irregularidades.
No ápice da pirâmide, com 7%, figura o programa que se constitui o objetivo principal do controle social, a cereja do bolo, no adágio popular: a avaliação da efetividade dos serviços públicos. Não adianta os Governos serem transparentes, terem boas leis, serem eficientes na arrecadação e racionais na despesa, se, no final, não há merenda nas escolas, não há vagas em creche, não há médicos nos postos de saúde, etc. A despeito daquilo ser importante, constituem-se apenas de meios para se atingir estes fins.
Por fim, quem sabe você deve estar se perguntando se o controle social não deveria começar atuar pelos serviços públicos, atribuindo-lhes mais relevância, já que afetam diretamente à população? Por que, segundo a percepção deste voluntário, recebeu apenas 7% da atenção devida pela ONG? A resposta é simples: a despeito de ter recebido pouca atenção direta, todos os demais programas, indiretamente, contribuem para a melhoria da qualidade e ampliação dos serviços públicos. Desse modo, os serviços públicos recebem não apenas 7% de atenção, mas 100%. Para aferir isso, basta fazermos um exercício: Qual a resposta que o gestor público dá quando é demandado a aumentar os serviços públicos? Em regra, “não há recursos”. Dependendo de onde se começa a fiscalizar, têm-se ou não o argumento de que há sim recursos disponíveis e, ainda, mostra-se onde ele está ou em que o governo está gastando de forma irracional e até desnecessariamente.
* Por Jaime Luiz Klein, voluntário e vice-presidente do Observatório Social de São José (OSSJ) e idealizador do Movimento Cidadão Fiscal – Indo Além de Contribuinte e Eleitor.

Projeto Gastos Abertos, da Open Knowledge Brasil, busca líderes de municípios brasileiros para trabalhar com transparência e orçamento público

A Campanha “Seja um líder do Gastos Abertos”, lançada em 11 de Janeiro de 2017, busca líderes nos municípios brasileiros que queiram trabalhar com transparência, principalmente do orçamento público.

As inscrições para os candidatos a líderes do Gastos Abertos podem ser feitas até 30 de Janeiro pelo site.


Os 15 selecionados, de cidades-piloto de todas as regiões do país, serão apoiados com capacitações e mentores especializados em Direito, Transparência, Tecnologia e Dados Abertos. 




A organização Gastos Abertos lançou, também, um novo site. A plataforma será referência para as ações desses líderes e para que a sociedade civil, acadêmicos e jornalistas possam monitorar os dados orçamentários e gastos públicos das cidades.

O objetivo é aumentar a transparência na execução orçamentária, processos licitatórios e gestão contratual das cidades.
Outro objetivo é fazer com que prefeitos em todo o país assinem uma Carta Compromisso dos Gastos Abertos e realizem as ações previstas na carta.

Chamada da Parceria pelo Governo Aberto (Open Government Partnership) para avaliação da implementação de Planos de Ação Subnacionais

Pesquisadores com interesse em atuar na avaliação do progresso da implementação de Planos de Ação Subnacionais podem candidatar-se até 12 de janeiro de 2017.
Detalhes em: http://www.opengovpartnership.org/node/10417

The Independent Reporting Mechanism (IRM) of the Open Government Partnership (OGP) is seeking individuals to carry out research at the subnational level in a variety of countries to assess progress on implementation of their OGP Subnational Action Plans.
Background
The OGP is a multilateral initiative that aims to secure concrete commitments from governments to promote transparency, empower citizens, promote public accountability, and harness new technologies to strengthen governance. OGP has recently launched a new pilot program to involve subnational governments in the initiative. The pilot program aims to discover, promote, and foster commitments from different levels of government, where many citizens are directly accessing services and information and taking part in decisions.
Subnational governments participating in the pilot program are to deliver a one year action plan developed with public consultation, and commit to independent reporting on their progress through the OGP Independent Reporting Mechanism.
The IRM works primarily by disseminating independent assessment reports for each OGP participating government. Each subnational progress report will assess the development and implementation of action plans, and will provide technical recommendations.
Candidates from the following states/provinces/cities or with significant track records of expertise in these areas are invited to apply:
 
Qualifications
  • Demonstrated history of policy-relevant research and publication.
  • Reputation as objective, impartial, and thorough.
  • Ability to facilitate stakeholder dialogues, research, interviews, and institutional analysis across non-profit, public, and private sectors.
  • Specific experience working on public policy issues related to governance, transparency, accountability, or public participation more broadly.
  • Demonstrated ability to solicit, incorporate, and respond to official and public comments.
  • Ability to carry out research within a strict time frame.
  • Willingness to communicate findings in a non-partisan, objective fashion.
  • Ability to commit to the role for a duration of fourteen months.
  • Strong English language skills are required
Duties
  • Clear, regular communication to IRM Program staff in Washington, DC and to International Experts Panel.
  • Attendance of in-person training in early 2017.
  • Independent research using focus groups, interviews, and document review.
  • Completion of online and offline research and writing. Subjects covered by research include: action plan development, action plan content, implementation of the action plan in the subnational context.
  • Dissemination of findings of the report to local audiences.
Compensation
  • OGP will offer payment (to include salaries, overheads, and incurred costs) and cover costs of participation to training outside of country, where applicable).
  •  Decision-making process
  • Interested parties should submit an English CV to the IRM at IRM@opengovpartnership.org(link sends e-mail)(link sends e-mail). Please use the following email title: “OGP IRM Researcher [Your Country and State/City/Province]”.
  • Third-party nominations may also be made through the same address. Please confirm with nominees their availability and willingness to participate prior to submission of their name. Where possible, please include their contact information as well.
  • Local researchers for the IRM will be approved by the Independent Experts Panel and IRM program staff, with an opportunity for comment and input by the respective subnational governments and civil society focal points, where applicable. Each applicant will be weighed against the set of criteria listed above, based on interviews, review of prior work, and references.
  • There is a strong preference for nationals of the country and residents of the given subnational unit to be evaluated and for those with experience relevant to action plans.
  • Because of the volume of applications, we will not be able to respond to every applicant. We thank applicants in advance for their expressions of interest.
Deadline for applications is January 12, 2017.

Livro do I Colóquio de Estudos em Gestão de Políticas Públicas, da EACH-USP, traz debate sobre Participação, Transparência e Accountability

O I Colóquio de Estudos em Gestão de Políticas Públicas foi realizado pelo Programa de Mestrado em Gestão de Políticas Públicas da EACH-USP, em 2015.

Agora, o Programa lança um livro digital com o conteúdo das cinco mesas de debates que ocorreram durante o evento, além da descrição das linhas e projetos de pesquisa em curso na instituição.

Um das mesas do Colóquio debateu o tema “Participação, transparência e accountability: avanços e desafios”, com a presença dos pesquisadores Cecilia Olivieri, Eduardo Pannunzio, Marco Antonio Carvalho Teixeira, Patricia Mendonça e Paula Chies Schommer.


Para acessar o livro completo, clique aqui

Para conhecer mais sobre o Programa de Mestrado em Gestão de Políticas Públicas da EACH-USP, clique aqui.

Chamada para a “5th Global Conference on Transparency Research”

The Standing Executive Committee of the Global Conference on Transparency Research—consisting of: A.J. (Albert) Meijer (Utrecht University), Suzanne Piotrowski (Rutgers University), Alasdair Roberts (University of Missouri), Jean-Patrick Villeneuve (University of Lugano)—is very pleased to announce that the 5th Global Conferences on Transparency Research will take place at the University of Limerick, Ireland June 19 to June 21 2017.

On this occasion, the Conference is being jointly organized by the University of Limerick in Ireland and the University of Baltimore in the USA, in association with the University of Dar es Salaam in Tanzania and Makarere University in Uganda. 
The Global Conference on Transparency Research (GCTR) is the preeminent conference bringing together leading scholars from throughout the world to collectively advance our understanding of the impact and implications of transparency policies that involve governments, either directly or indirectly. 
The GCTR involves scholars from a wide range of fields including sociology, anthropology, political science, public administration, economics, political economy, journalism, communication sciences, business, history, philosophy, and law who study issues of transparency and openness. 
Contributions are invited with a theoretical, normative or empirical focus, discussing issues such as:
  • Transparency in developing countries 
  • Transparency and governance
  • Transparency and the IOT
  • Open government and e-government
  • Ethical Leadership and Organizational Transparency
  • Transparency and corruption
  • Transparency and NGOs
  • Transparency in the EU
  • Fiscal transparency
  • Corruption, open government, and good governance
  • Transparency, open data, and accountability 
  • Transparency, open data, and privacy
  • Transparency, open government, and social equity 
Proposals due: January 15, 2017 
Notification of acceptance: February 15, 2017 
Final papers and panel submissions due: June 5, 2017 
Email: transparency@ul.ie

11a Distinção “Boas Práticas em Participação Cidadã” é lançada pelo Observatório Internacional da Democracia Participativa, OIDP

Governos locais estão convidados a submeter suas experiências para a 11a Distinção OIDP “Boas Práticas em Participação Cidadã”. O prazo para submissão é 31 de janeiro de 2017.
A Distinção OIDP “Boa Prática em Participação Cidadã” é uma iniciativa do Observatório Internacional da Democracia Participativa. O OIDP constitui-se como um espaço aberto a todas as cidades do mundo, entidades, organizações e centros de investigação que queiram conhecer, trocar e aplicar experiências sobre democracia participativa no âmbito local.

Através da concessão desta Distinção pretende-se incentivar o fato de pôr em prática experiências inovadoras no âmbito local e difundir as práticas que favorecem a participação e o envolvimento da cidadania nos processos de elaboração e implementação das políticas públicas. 

O objetivo desta distinção é reconhecer as experiências inovadoras no âmbito da democracia participativa, coordenadas por governos locais, que possam ser susceptíveis de réplica. Determina-se que os processos participativos devem conduzir necessariamente à consecução de maiores quotas de igualdade, ao fortalecimento da cidadania, a uma maior legitimação e confiança nos poderes públicos e a uma maior eficácia da gestão pública.
As candidaturas devem ser enviadas por e-mail para oidp@bcn.cat, incluindo:
  • O registro completo (formado Word)
  • Resumo da experiência (máximo de duas páginas no formato Word)
  • Fotografias de experiência
  • Opcionalmente outros documentos: vídeos, resumos, relatórios …